segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

“Pro dia nascer feliz”


As mudanças do mundo requerem mudanças na escola. São muitas as solicitações que surgem, algumas legítimas, outras não. O resultado é que nós não podemos ficar parados. E foi assim que surgiu o Projeto “Pro dia nascer feliz”, uma proposta de revisão de nossas práticas pedagógicas no Segmento de 6º a 8º Anos, seguindo fundamentalmente dois princípios, para nós muito caros: a participação direta e a tradição.

  Por participação direta entendemos a possibilidade de que todos os segmentos da Comunidade Educativa possam atuar no Projeto, já que a corresponsabilidade nasce sempre da certeza de coautoria. Por isso estes “BLOGS” foram criados, para viabilizar a entrada de todos na elaboração de nossas propostas de mudança. Por tradição compreendemos transmitir vivo o que recebemos vivo, nos dizeres do Padre Lauro Palú. Não partiremos do zero, porque muito do que temos feito é excelente. Ainda assim, precisamos rever, repensar, ressignificar.

Nós, do Segundo Segmento do Ensino Fundamental do Colégio São Vicente de Paulo, Educadores, Alunos e Responsáveis, iniciaremos algo que, esperamos, ultrapassará nossas possibilidades de controle. Ao nos debruçarmos sobre quatro dimensões fundamentais do fazer pedagógico – construção do conhecimento e escolaridade; estrutura e currículo; metodologias; avaliação e formação continuada – desejamos construir, juntos, um espaço de autêntica felicidade para todos nós. Uma felicidade que se traduz em bondade e transformação social! Um abraço e bom trabalho,

Helcio.


Para que suas contribuições façam parte da discussão que dará origem ao DOCUMENTO final desta DIMENSÃO deixe seus COMENTÁRIOS até 17/JUNHO/2013.



5 comentários:

  1. Olá Helcio e equipe,

    Gostaria de parabenizar essa iniciativa que tanto dialoga com o que acredito na Educação. Vou postar em partes devido aos caracteres.

    Meu nome é Ana Cristina Aguiar, mãe de Maria, aluna que ingressará no 6o ano em 2013, trabalho na Fundação Roberto Marinho com Programas voltados para Jovens e Adultos - Telecurso, Qualifica, Aprendiz Legal, Futura e outros. Trabalho na formação dos educadores e equipes que implementam os projetos. Estou terminando o curso de especialização de Antropologia Cultural Cognitiva na UFF e meu trabalho final, por coincidência, teve o título "Pro dia Nascer Feliz - existências marcadas pela linguagem". Uma análise do documentário de João Jardim que vai ao encontro dos jovens e atores do sistema educacional.

    Pela bibliografia utilizada e o movimento, percebo que minha filha será privilegiada.

    O espaço da escola com o desafio de ser transdisciplinar, propiciar conexões, contextualizações, dar sentidos, e principalmente colocar em prática os conhecimentos apreendidos.

    Uma escola que precisa renovar, abrindo espaços de aprendizagens aos jovens que estão conectados.

    Continuo no próximo post...

    ResponderExcluir
  2. Continuando...

    Precisamos aprender e conhecer coisas. Mais do aprender e conhecer coisas, precisamos saber usar esses conhecimentos para resolução de problemas cada vez mais complexos. Estar em redes de conhecimentos, pessoas, lugares, espaços colaborativos que promovam conflitos criativos. Assim fala Silvio Meira:
    http://youtu.be/JWIyW2DeWPE

    O conhecimento que adquirimos na escola é fragmentado em disciplinas. Nesse sentido a escola precisa ajudar os jovens a fazer as ligações, dar sentido, provocar o pensamento complexo. Outra contribuição, agora de Edgar Morin: http://youtu.be/klZ3ZuiCx4A

    Para construção do Projeto Politico da Escola considero importante as perguntas:

    Que mundo/País queremos deixar para as novas gerações?

    E que pessoas queremos formar para a construção desse mundo / País?

    E perguntar aos vários atores do sistema escolar. "Não precisamos buscar as soluções lá fora, elas estão no interior - Ouça as pessoas! Elas estão no mundo inteiro e possuem todas as soluções (…)". http://youtu.be/oC5FMJlD_EQ
    Esse espaço já fala sobre isso!

    ResponderExcluir
  3. Conhecer a realidade dos jovens e as juventudes, o que os mobiliza, o que faz sentido, para que aprender todos aqueles conteúdos. Promover ação, espaços de práticas, espaços de produção de sentidos. E não precisa ser para um evento, é na sala de aula, na rotina escolar.

    Basta entrarmos numa sala para identificar se ela está viva ou se os alunos estão loucos para se livrar daquele espaço.

    A melhor avaliação está no envolvimento de todos no processo, mesmo que seja difícil. Aí está a chave do sucesso! O professor como mediador provocando o movimento, o resto acontece.

    Acordo de convivência construído em conjunto, todos participam, colocam suas contribuições para que aquele espaço seja produtivo e faça a diferença para todos.

    Trabalhos em equipes que colaborem com o processo:
    Equipe de socialização - Cria e desenvolve, junto ao professor, estratégias para o bom humor e funcionamento da turma. Lema: Todos estarem bem!

    Equipe de coordenação - Apoia o professor na gestão e rotina da sala - horários, eventos, trabalhos de casa, trabalhos em grupo, materiais etc. Lema: Responsabilidade, disciplina e cuidado

    Equipe de Síntese - Cuida da memória, sistematiza o processo de aprendizagem e construção da turma. Lema: Construir a história do grupo

    Equipe de Avaliação - Planeja e realiza processos de avaliação e desempenho do grupo para atingirem a meta. Todos avaliam e são avaliados. A escuta e fala são fundamentais. Lema: Avaliar para replanejar, reconduzir e todos atingirem o resultado.

    Colocar em prática aquilo que aprenderem, em produções realizadas em grupos. Um trabalho que vai além, promove a negociação, síntese, construção compartilhada e em várias linguagens - teatro, artes, música, televisão, jornal, vídeo, blog etc.

    ResponderExcluir
  4. ...

    A quebra de muros e construção de pontes. Já não será necessário o laboratório de informática, a informatica faz parte de vários ambientes de aprendizagens, assim como outros meios.

    Processos de avaliação contínuos, individuais e coletivos, envolvendo também a avaliação do professor. Uma avaliação que faça parte de todo o processo e não das partes do processo. E que não seja somente do conteúdo aprendido, mas sim do que se faz com esse conteúdo - as competências desenvolvidas no processo. E por último e não menos importante, que não seja por mérito, que promove a competição. E sim, por processos colaborativos de resolução de problemas. DO INDIVIDUAL PARA O COLETIVO E VICE VERSA.

    Os meus melhores professores arriscaram e fizeram diferença,lembro deles até hoje. Os outros esqueci da mesma forma que não fixei os conteúdos.

    Estar em redes e quebrar os muros da escola. A articulação com empresas, espaços culturais, espaços presenciais e vituais que promovam o aluno contextualizar os conhecimentos adquiridos.

    Os jovens são geniais, inteligentes e comprometidos com as mudanças que o mundo precisa fazer. A escola tem que aproveitar e evidenciar o potencial deles e não ao contrário evidenciar as falhas. O que iremos alimentar?
    As Drogas ou a Saúde?

    Acredito muito na Educação como mobilização das potencialidades dos sujeitos, que precisam cada vez mais, serem chamados a participar.

    O JOVEM NÃO É O FUTURO É O PRESENTE! A força vital, o correr riscos, a entrega e realização.
    Quem viveu a plenitude desse tempo jamais esquecerá!

    Agora a Maria, minha filha está no Face, agitando a festa do final do ano com os amigos da sala. Espaço virtual que também foi utilizado para estudos e muita interação com os amigos. Um espaço que também pode contribuir. Eles estão lá e nós também!

    Espero ter contribuído e me coloco a disposição.

    E mais uma vez parabenizo essa iniciativa e desejo muito sucesso!

    Abraços,
    Ana Cristina Aguiar Vilhena de Carvalho
    (Mãe da Maria Aguiar Vilhena de Carvalho)

    ResponderExcluir
  5. Olá Ana, quantas contribuições!!! Obrigada, temos muito para pensar e estudar! Abraços Maria Clara - orientadora 8 e 9 anos

    ResponderExcluir